O Museu Virtual “Estudantes internacionais em Portugal e suas memórias: afetos e vivências em tempos de pandemia” tem como objetivo compilar, registar e conservar as percepções e memórias de estudantes internacionais que estiveram em Portugal durante a crise sanitária que teve início em 2020. A partir daí, é possível perceber como os estudantes internacionais vivenciaram e ressignificaram suas experiências de subjetivização, socialização e aprendizagem neste que foi um dos eventos mais disruptivos do nosso século. O trabalho de registo deste acervo é inspirado nas metodologias de história de vida e história oral, nas quais os e as participantes foram convidados a contribuir através de diferentes suportes –  imagens, desenhos, textos, áudios –  sobre suas memórias da pandemia de COVID-19.

Micaela

Uma narrativa
sobre a pandemia

Staél B. Penido
Iara

Day in day out

Estudante Brasileira Mestrado Integrado ISPA
Monica

17 suspiros,
nenhum alívio

Andressa Lauer
Pandemia 2020
maquinas

João Filipe Cabral

imortais
Ludmila Silveira
image
Mariana Carvalho
Solitude

Abraços fraternos

Incerteza 

Pandemia 2020
Pandemia 2020

A Casa d'abóbora

Pandemia 2020
Thaisa Vianna
Flávia ZF

Devaneios

lucca
taisa
Monique Brito de Lima
Pandemia 2020 autocarro com entrada pela frente bloqueada
Pandemia
Thaisa Vianna

Desabafo durante a pandemia

Thaisa Vianna

Estudante brasileira, licenciatura UÉvora

Solitude pandêmica

Vanessa Pollak

Estudante brasileira, mestrado UPorto

Vivi os anos da pandemia com a solitude, a dor da saudade, a tragédia humana, xenofobia, incertezas. Milhões de outras pessoas compartilhavam comigo esta mesma realidade e misto de sentimentos.
Com o passar do tempo, eu me liguei a uma espécie de botão automático.Ele servia para que eu pudesse acordar, me levantar, trabalhar, estudar. Chorava, secava as lágrimas e no dia seguinte, recomeçava.
Enquanto a liberdade de bilhões de pessoas ao redor do mundo foi cerceada por um vírus, a liberdade de meu rebento foi ainda mais. A dor então aumentou. A sensação de impotência muitas vezes me paralisou. Todas as escolhas feitas antes, a minha de sair do Brasil e seguir para Portugal, a dele em se arriscar nos abismos como a juventude costuma fazer, teriam suas consequências aumentadas na pandemia.
Enquanto milhares de pessoas morriam, outras berravam comigo pelo fraco sinal da Internet e por não ver algum canal de tv. Eu pensava: onde estão os livros destas pessoas em uma hora tão boa para ler?
Alguns analistas diziam que sairíamos melhores da pademia como pessoas e sociedade. Segundo eles, teríamos mais empatia, cuidado com o meio ambinte, seríamos mais solidários. Entretanto, no tempo que se seguiu, não vi isso acontecer. Continuamos egoístas, continuamos consumistas de tudo que possa ser.
Os prazos do mestrado que eu frequentava continuaram. As parcelas a serem pagam por ele, aumentaram. Eu precisava encarar o cotidiano com normalidade e uma frase que estampava janelas pelas ruas, redes sociais e tv dizia que: “vamos todos ficar bem”, me soava estranha.
Acho que enlouqueci, um pouco mais. E silenciosamente, cumpri os cronogramas a mim impostos, até a vacina chegar. Penso hoje, que vivi esperando um futuro, mas talvez esse futuro nunca irá chegar.

Ao sair, não esquecer

Mariana Carvalho

Estudante brasileira, doutoramento ULisboa

Maura Keite Boa Morte

Estudante são-tomense, licenciatura UPorto

Esta foto foi tirada na sala do apartamento onde morava com uma senhora de idade. Estava feliz por voltar a ver os meus familiares, apesar de ser online. Antes da pandemia, falava pouco com os meus familiares, mas com a pandemia aumentou a quantidade de vezes que falamos e enviei essa foto de lembrança a minha mãe a dizer que estava bem. Não fazíamos chamada de vídeo por ser cara a internet.

Lucca Viersa

Estudante brasileiro, doutoramento ISCTE

Definitivamente acho que a pandemia não foi boa. Não partilho das visões que de um período positivo pois pudemos nos aventurar a fazer outras coisas. As desigualdades cresceram e o mundo se tornou um local ainda mais injusto. Mas a arte estava ai como possibilidade de preencher o vazio (do tédio) e acalmar as ansiedades. Afinal como diria Ferreira Gullar (na voz de Maria Bethânia, por favor): "A Arte existe porque a vida não basta".

Taísa Oliveira

Estudante brasileira, doutoramento UPorto

julho de 2020 poderia ter sido um mês para ser esquecido. mas eu quero lembrar. “permita que eu fale e não as minhas cicatrizes”: 4 testes positivos de COVID-19. 30 dias presas até negativar. surtos, choros, risadas, loucuras. parece que o tempo ganha outras dimensões, novos contornos e a gente não tem repertório social para fazer sentido de tudo. dois anos em estado pandêmico contam como? a sensação é de que as feridas que já estavam abertas, escancaram. o mundo doente faz perceber que o outro também é um pouco eu e eu sou um pouco do mundo. tem um aprendizado bonito quando entendo que há força criativa no caos, no interregno, na vontade de destruir e criar outras coisas. aprendi que a literatura resgata do fundo do poço, a música conecta e a que virar de ponta cabeça pode ser delicioso. não é só pelo drama e tristeza que se aprende. a ressaca pandêmica também grita internamente para abrir espaço para criar uma vida conscientemente com mais prazer.

João Filipe Cabral

Estudante cabo-verdiano, licenciatura UÉvora

Sou João Filipe
Sou cabo-verdiano, estou aqui há quase dois anos a viver e a estudar na Universidade de Évora, estudante do 3º ano do curso de Licenciatura em Economia.
Fazer um curso sempre foi algo que sonhei depois de concluir o ensino secundário.
Eu terminei o ensino secundário dentro da pandemia em Maio de 2020, altura em que as escolas foram encerradas em Cabo Verde por conta da Covid-19. A ideia de vir estudar aqui em Portugal/Universidade de Évora foi do meu tio que tinha estudado aí e também tinha conhecimento de um projeto de estudantes cabo-verdianos em Évora.
Com isso ele conseguiu me convencer, ajudou-me a entrar em contacto com o projeto e fiz todo o processo de candidatura para ingressar no curso de Economia na Universidade de Évora.
Quando recebi a notificação de colocado, fiz logo a matrícula e todo o processo para garantir o alojamento universitário, fiquei muito feliz por isso.
O meu tio incentivou-me muito a vir, mas por outro lado estava a minha avó preocupada com a questão da Covid-19 e do aumento exponencial dos casos positivos em Portugal que passavam nos telejornais todos os dias. Mesmo assim ganhei força e coragem e viajei para Portugal.
Em Portugal, fui diretamente para Évora, onde fui recebido pelo responsável do projeto que me conduziu até à residência universitária onde iria ficar. Tinha chegado em finais de Dezembro, altura em que o 1º semestre estava na sua reta final.
Tive que ficar duas semanas em casa à espera para agendar um teste de Covid-19 para poder ir aos Serviços Académicos validar a matrícula presencialmente e puder iniciar a minha vida académica tendo acesso a todas as plataformas digitais da universidade.
As últimas aulas que sobraram para encerrar aquele semestre eram online, esta foi a primeira dificuldade que eu tive e tinha que me adaptar porque é algo novo para uma pessoa que saiu de um país completamente diferente daqui. Na residência temos todas as condições para o ensino à distância, mas é diferente com o ensino que estávamos acostumados porque já não havia aquele contacto direto com os colegas e os professores na faculdade e toda aquela dinâmica estudantil tradicional que conhecemos e que é muito útil para a vida académica, mas tinha que ser dessa forma e temos que acompanhar esta tendência dos tempos por tudo quando se trata de proteger um bem comum que é a nossa saúde.
Foi muito difícil no início porque não conhecia os meus colegas nem os professores, tinha que estudar sozinho e não entendia nada. Praticamente foi um semestre perdido.
Foi uma época muito exigente e muito mais exigente para nós estudantes estrangeiros (africanos) longe das nossas origens, da nossa família e amigos.
Chegou o momento que até sentia-me cansado daquilo e pensava em voltar ao meu país, mas a família apoiava e encorajava-me muito a continuar mesmo que tudo estivesse complicado.
Ficava o tempo todo sozinho no quarto dedicando-se aos estudos essencialmente, e sempre que possível podendo conversar com os familiares, amigos e colegas a partir das plataformas que temos à nossa disposição de forma a não perder esses afetos que perfazem uma pessoa/um cidadão comum. O “fique em casa, usar a máscara, os 2 metros de distância", era o código da vida social. Não podia ir a nenhum sítio além do supermercado e outros poucos espaços onde não havia concentração de pessoas, tudo isso dificulta a integração na cidade e na universidade. Passado esses tempos difíceis, a universidade começou a abrir as portas e assim comecei a viver melhor a vida académica, aprendendo melhor e com sucesso.
Foi sem dúvida uma decisão arriscada vir estudar em Portugal num momento de muita incerteza, sem saber quando tudo ia diminuir ou acabar para retomarmos a vida normal, mas não me arrependo da decisão porque foi boa, hoje estou e sinto-me muito bem onde estou. Agora sinto-me melhor integrado na residência, na cidade e na universidade e estou feliz em poder prosseguir os meus estudos realizando o meu grande sonho de um dia ser licenciado.
Aprendi muita coisa, gosto do curso que eu faço, adoro e admiro muito a universidade e a cidade de Évora.

pandemia 2020

Imortais

Hednezer Roma

Estudante angolano, licenciatura UÉvora

Essa obra ou ilustração é sobre as pessoas que na pandemia não se protegiam.

Máquinas em Tempos de Covid

Hednezer Roma

Estudante angolano, licenciatura UÉvora

pandemia 2020

Mônica Lilla Barroso

Estudante brasileira, mestrado ISCTE

Fiz esse patchwork durante a pandemia, meio que por brincadeira representando as pessoas tentando não ficar malucas 'presas' em casa.

Uma narrativa sobre a pandemia

Eduardo Carneiro Lima

Estudante Brasileiro, doutoramento ULisboa

A Casa d'abóbora

Camille Girouard

Estudante Brasileira, mestrado UPorto



A Casa d’Abóbora é um projeto que nasceu em 2020, em plena pandemia Covid 19, com a migração de 4 amigos para uma aldeia chamada Aldeia de aproximadamente 30 habitantes no Douro Verde no concelho de Cinfães, Viseu. O projeto inicia-se como Grupo Informal de Jovens pelo desejo de criar e promover a cultura local, tendo evoluído para Associação Juvenil em 2021 com a missão de promover o património cultural local e dinamizar projetos artísticos. A Casa d’Abóbora segue a desenvolver projetos independentes e institucionais para dar visibilidade e sustentabilidade às zonas rurais desertificadas. O vídeo faz parte do projeto de tese de mestrado de Camille Girouard em que apresenta um registo dos momentos iniciais dos jovens Joana Faria, Nali Sáenz, João Costa e Camille Girouard.

17 suspiros, nenhum alívio

Yuri Sepulveda

Estudante Brasileiro, Doutoramento ULisboa

Em 2018 o número 17 sacramentou,
De certa forma, o Brasil nos exilou.
Achamos em Portugal uma chance, mas na verdade, nada de fato mudou.
Era 17 de março, uma terça-feira,
Começaria o primeiro capítulo dessa história sangrenta.
Longe de casa, a tensão misturava apreensão e tristeza.
O que seria dessa quarentena?
Máscaras no rosto, gel na mão,
Muita gente sofrendo, o vírus atingia o pulmão.
Mas no Brasil, o 17 continuava sua missão.
Um ex-capitão, que já havia sido preso por atentado à nação,
Hoje era o chefe do executivo, um presidente sem coração.
Mas estava de longe, sofrendo, sem emprego ou projeção.
Agora, de fato era fato que nos sentíamos mais prontos para enfrentar o caos ígneo que varria o mundo em devastação.
Quantos sorrisos perdidos, olhares supridos, almas subindo e o mais difícil?
Era não ver sentido, em continuar seguindo com tanta indefinição.
Foram dias sofridos, ainda me pego sentindo, cada familiar que não pudemos nos despedir,
Não só porque estava proibido,
Mas porque, de longe, via, estarrecido,
a negligência do bandido,
Que alguns chamavam de mito.
Hoje eu canto, aos gritos,
Fora Jair Messias, que se tem alguma coisa de Jesus é sua predisposição para ser anticristo.

Abraços fraternos

Stefania Brito

Estudante brasileira, mestrado Instituto Piaget

Poema: O nó na garganta
Contexto: Pandemia de 2020

O nó na garganta

Olhos abertos, rotina serena.
Após o grito de Carnaval, pulos e euforia,
horas, dias e meses de silêncio,
o vento estava a cantar nas ruas vazias

A minha saliva ardia,
sentia o amargor presente no medo.
Medo de algo que todos desconheciam,
atrás dos lábios cobertos pelo tecido improvisado
a minha garganta doía.

Uma dor que creio
que também sentias

O gosto da dor das ausências.
Devo gritar? Quem irá escutar?
Esse nó impede o ar de circular,
tenho que calar-me,
os olhos estão a fechar...
Não quero ir...
Não posso desistir...
Preciso ficar aqui...
iiiiii...

Incerteza

APM, António Pedro Manuel

Estudante Angolano, mestrado ISCTE

Vivi certo
na incertezas dos dias
Mantive-me firme
apesar da tenebrosidade
Dos dias
Caminhei duro
como um camelo
atravessando deserto
Sem saber para onde ir
voava a imaginação
como um pássaro
Morreu tudo em mim
menos a esperança
cultivada na incerteza dos dias
em plena pandemia

Devaneios

Ozzy Santana

Estudante brasileira, mestrado ISCTE

Uma sirene ecoo fraca
Fecho
Silencio
Nas ruas, na alma
Uma sirene ecoo ainda fraca
“Fica em casa”
Comigo
Não posso, não sei…
Medo
Morte
Silencio
Uma sirene ecoo forte
Morte
Medo
Sorte
Uma sirene ecoo
Há quem diga
Saímos mais fortes
Sozinha
Há muito tempo a sirene ecoo
Continuamos a vida
Quem vive na sorte
Ainda tem medo
Ainda há fecho
Silencio
Respeito
Há morte.

Day in day out

LMM

Estudante Brasileira, Universidade Nova de Lisboa

I have spent a year adrift.
I have spent it with my mind
stuck amid the clouds that gather
over the dwindling forest,
over the burning trees, over
the evidence of greed and negligence.
I have lost my passion to the hurt
that I read everyday on the news.
My stomach grows, my thighs,
my hunger that expands to fill
the places disillusion left empty.
I used to have fight in me.
I used to have things to say
and an urge that spilled them
onto any ear that would listen.
But the year has brought
a sparsity of ears, of faces.
I lay alone in bed and solitude
crawls all over the house,
only leaves open windows for
the bad news to come in,
for the sad and the angry.
I have a weak hold on myself
and time only passes to remind me
of all I should have accomplished,
that I simply could not do.
Anxiety and sickness and shame
make for bad company.
But they are all I have.

pandemia 2020

Pandemia sim! Mas sem perder o ânimo nos estudos!

Monique Brito de Lima

Estudante Brasileira, mestrado ULisboa

pandemia 2020

O momento do dia

Flávia ZF

Estudante chinesa, mestrado UMinho

"Gostaria de enviar uma foto do meu quarto que vivia quando estudei em Braga durante o período que tínhamos as aulas em casa. Esta foto reflete a minha vida quotidiana, que é viver, estudar, comer, dormir, [tudo] no mesmo quarto. Felizmente, havia uma bela vista fora da janela para limpar a escuridão trazida pela pandemia".

pandemia 2020

Karim Matos

Estudante Brasileiro, doutoramento UCoimbra

Estava fazendo um voluntariado para ajudar no controle de temperatura dos alunos, fui ajudar nessa ação, porque se não tivéssemos o controle, as aulas poderiam ser canceladas, foi um momento bem estranho e apocalíptico...

pandemia 2020

Aline Guida de Souza

Estudante Brasileira, mestrado UPorto

Diferentemente de muitas pessoas que migram a Portugal, o meu caso foi um pouco diferente porque tenho uma vida profissional e pessoal consolidada no Brasil e não tinha a intenção de me mudar definitivamente, queria apenas uma experiência de vida diferente. Assim, em setembro de 2019 vim sozinha ao Porto para cursar o mestrado em Sociologia. Pouco tempo depois que cheguei iniciei um relacionamento com um brasileiro e, por conveniência de ambos (quem é migrante entende bem isso) passamos a dividir um apartamento. Alguns meses depois veio a pandemia, as aulas foram suspensas, tudo fechou, ele também ficou sem trabalhar e de repente, além de toda aquela tensão, me vi em um relacionamento abusivo no meio de uma pandemia e de todo aquele mar de incertezas. Terminamos, decidimos voltar ao Brasil, cada um para sua cidade e peguei a primeira grande onda no Brasil. Alguns meses depois, retornei novamente sozinha ao Porto para o segundo ano do mestrado e peguei a nova onda no país, logo após as festas de final de ano de 2020, que já começara a se manifestar em outubro do mesmo ano. De forma bem resumida, digo que neste segundo momento de pandemia eu vivia um dos melhores relacionamentos afetivos que tive na vida, repleto de companheirismo, amizade, confiança e liberdade e talvez por isso tenha tido tanta segurança para ultrapassar aquele momento igualmente difícil. Não me esqueço de uma frase de uma das grandes amizades que fiz no mestrado, que disse que eu era a única pessoa que ela conhecia que levou 40 anos para sair da casa dos pais e em 6 meses se casou e separou duas vezes. Bom, não foi tão rápido assim, mas durante a pandemia de fato foram dois relacionamentos em que convivi na mesma casa e uniões com características completamente diferentes. A segunda terminou apenas por fases diferentes que ambos passamos em nossas vidas, mas seguimos com uma boa amizade. Ao final de 2021 terminei o mestrado no prazo previsto.
As imagens que escolhi foram fotografias tiradas por mim em alguns momentos de grande ansiedade, aflição, incerteza e dúvida. Mas, ao captar essas imagens, era como se algo se renovasse dentro de mim, trazendo algum equilíbrio, aquecendo o coração e, por serem todas ao ar livre, respirando tranquilidade e calma, como se o mundo e eu também necessitássemos daquela pausa para seguir melhores. Bom, o mundo temos visto como está, mas eu, certamente posso dizer que me tornei uma pessoa infinitamente melhor após essa experiência apocalíptica e renovadora. De fato, tive uma experiência de vida diferente, nada parecida com o que planejei, porém capaz de me fazer amadurecer e me tornar um ser humano melhor.

pandemia 2020

Ciclo Pandêmico

Ludmila Silveira

Estudante Brasileira, pós-graduação UÉvora

pandemia 2020

Andressa Lauer

Estudante Brasileira, metrado ULisboa

O ano foi 2020, educadora, país novo, cultura diferente, desafios e…a pandemia! Longo período como auxiliar de enfermagem, sem vacina, pouca proteção, pois tudo novo, informações novas. O cuidar dos utentes com Covid, proteção divina que protegeu para não contrariar o vírus. Entre choro, cansaço, plantões longos de 12 horas, veio a primeira vacina. Ufa, esperança, vamos superar esta fase? Sorrisos, amizades, laços são criados, vínculos fortificados…e temos a segunda vacina. Início de superação, princípio da esperança virar realidade e passam-se 1 ano e 6 meses. Venci, cresci e o mais importante, amizades fiz…!

pandemia 2020

Hope and Darkness in Chaos

Iara

Estudante Chinesa, UPorto

pandemia 2020

E agora?

Staél B. Penido

Estudante Brasileira, licenciatura ULusófona

pandemia 2020

Camadas

Mariana Braz

Estudante Brasileira, Mestrado Integrado ISPA

pandemia 2020

Pandemia 2020 - autocarro com entrada pela frente bloqueada

T.

Estudante Brasileira, Doutoramento UPorto

"Sem abertura acadêmica, sem abertura para emprego, o aumento de propinas são fatores não convidativos para que eu tenha vontade e forças para permanecer aqui. Esperanças eu tinha, mas estão se esvaindo e já não tenho certeza que são suficientes"

"Nas ruas as palavras são de solidariedade, de cuidado com o outro, mas será que estamos, de fato, preparados para isso?"

"Vi os meus direitos, mas como estou no período de isenção de contribuição à segurança social não tenho como solicitar o apoio do governo para trabalhador independente. (que na verdade é um falso recibo verde, duplamente precarizada)"